Em agenda internacional, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) apresentou o livro “Mulheres Quilombolas: Territórios de Existências Negras Femininas”, em Madrid, na Espanha. A delegação segue com uma série de compromissos apresentando dados e reflexões do Projeto Resistência Quilombola, o contexto dos quilombos do Brasil e os eixos de luta da CONAQ.
A delegação é composta por Maria Aparecida Ribeiro de Sousa (Cida Sousa), coordenadora do Coletivo de Mulheres da CONAQ e coordenadora da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Tocantins (COEQTO); José Maximino, coordenador de Núcleo do Resistência Quilombola e coordenador nacional da Conaq; Nathalia Purificação, comunicadora do Resistência Quilombola e Martina Molinu, coordenadora do projeto e responsável pela Cospe no Brasil.
Além da apresentação do livro, foi realizada uma roda de conversa com a Rede de Mulheres Negras de Madrid, no Centro Cultural Maloka, onde foram debatidos temas como a participação quilombola na Marcha das Mulheres Negras, que acontece em novembro deste ano, e apresentados dados do Projeto Resistência, coletados entre 2019 e 2024, sobre assassinatos e ameaças a defensores e defensoras de direitos humanos quilombolas.
“Apresentamos o livro e falamos sobre a importância da escrita das mulheres quilombolas — de nós mesmas contarmos as nossas histórias, de fazermos o nosso protagonismo. Como coordenadora do Coletivo de Mulheres, também destaquei a importância da marcha, da articulação e da participação das mulheres negras nesse movimento”, relata Cida Sousa.
O livro, organizado por Selma Dealdina Mbaye e com coordenação de Djamila Ribeiro, reúne as vozes de 18 mulheres de diferentes comunidades quilombolas de todas as regiões do país, abordando temas fundamentais para a sociedade. Para além da pauta identitária, as autoras, protagonistas de suas próprias histórias, denunciam os inúmeros desafios enfrentados pela população quilombola.
